brincar

o mecky foi à reciclagem, tirou a embalagem das minis e brincou durante quase toda a manhã. depois veio o fígaro e ficaram assim engalfinhados até caírem [adormecerem], cada um para seu lado.

ponto da situação

há umas semanas atrás, enquanto esperava pelo metro, descobri nas últimas páginas do meu bloco de apontamentos uma lista de coisas a fazer para 2009, que fiz em janeiro. já me tinha esquecido completamente dessa lista. das 56 coisas listadas apenas uma dúzia foram cumpridas. senti-me um pouco frustrada e por isso tenho levado estes últimos dias a cumprir outras tantas. daí que sobre menos tempo para actualizações. mesmo assim, tenho andado quase todos os dia pelo facebook e pelo twitter. enquanto isto, vou acumulando fotografias, posts e conversas na cabeça.

museu do oriente

desde que abriu que ainda não tinha tido oportunidade de ir visitar o museu do oriente. tive que esperar por uma quinta à noite (iniciativa do instituto dos museus) para depois do jantar ir até lá. o museu esteve aberto até à meia-noite e sempre com muita gente [gente a mais para meu gosto até, mas não faz mal, é preferível assim].



vi primeiro a exposição temporária de fausto sampaio - viagens no oriente. segui para as exposições permamentes, presença portuguesa na ásia - o coleccionismo de arte do extremo oriente e deuses na ásia.

influenciada pela leitura e pesquisa dos últimos dias acabei por reparar e registar algumas fases do processo de fabrico da seda e alguns produtos finais. reparei também nos objectos (de ritual religioso?) feitos a partir de técnicas de cestaria (e nem sempre cestos) mas não consegui fotografá-los decentemente, por o ambiente ser muito escuro tal como a margarida referiu. no entanto percebo que não há melhor forma de fazer sobressair todas as cores tão características destes países, ao longo de toda a exposição.





estas duas últimas pinturas são uma espécie de postais ilustrados que retratam as fases do processo de fabrico da seda na china, um dos principais produtos exportados para o ocidente.

exposições

na semana passada e aproveitando o caminho até ao museu nacional de etnologia (onde comprei dois livros) passei a tarde no ccb entre exposições, lanches, conversas e fotografias.




vi maravilhada a exposição do pancho guedes, que já estava marcada a visita desde do post da cristina. desenhos e escultura, pintura e escultura, arquitectura, bordados, maquetes, colecção de máscaras, lettering... terminou no passado dia 16 de agosto.



segui para a exposição arte déco e os seus inimigos, sem grande piada.




e terminei com a exposição arriscar o real, onde encontrei estes dois e vi repetidamente o lindíssimo vídeo de caetano dias, o mundo de janiele. (até 30 de agosto)




tentei encontrar todo o vídeo mas apenas encontrei estes doze segundos. numa tarde de sol, uma menina brinca de bambolê sobre uma laje de um bairro da periferia, enquanto isso, o mundo gira ao redor dela. a órbita desenhada pelo bambolê é reiterada pelo movimento circular traçado pela câmera.

#pancho guedes
#arriscar o real

improvisar

já tinha reparado nelas mas foi a partir dos sempre tão interessantes posts da mary que passei a associar-lhes a um nome, rodilhas. depois com um olhar mais atento fui encontrando algumas também, nas galerias da amazónia (museu etnologia), no festival de ranchos folclóricos e outras tantas que não fotografei.

durante o workshop, no cenário de ir-à-fonte, uma das senhoras improvisou uma rodilha para conseguir equilibrar mais facilmente a bilha cheia de água sobre a cabeça. (clicar na fotografia seguinte para ver maior)



workshop de rodilha pela mary: material, parte 1, parte 2, parte 3
a rosa também lhes dedica alguns posts: rodilhas, para que vos quero

rancho folclórico da erra

finalmente fiz upload (e entreguei) das fotografias do workshop de fotografia etnográfica. a parte prática foi em vila nova da erra, perto de coruche, onde fotografámos o rancho folclórico.



foram encenadas e vividas várias situações que reflectem o quotidiano da população ribatejana de há uns anos atrás.
cada um de nós interpretou e registou cada situação à sua maneira. aqui fica o meu breve registo, apenas uma fotografia de cada situação (há mais algumas no flickr e outras tantas tratadas e editadas).


as lavadeiras.


na taberna com vinho, conversa e a harmónica.


na mercearia, a vender feijão.


momentos antes do casamento.


o casamento, o noivo e a noiva.

o dia seguinte começou na herdade...


os campinos.


as crianças a brincarem. elas a jogarem à macaca e eles com as fisgas e peões. enquanto as mulheres, sempre de vigia, iam conversando e fazendo mais um napperon em crochet.


as aguadeiras. as mulheres que iam até à fonte encher as bilhas com água.


por fim, a monda do arroz (pode-se ler um pouco mais sobre este traje aqui).

verão

no verão os meus posts diminuem drasticamente.
mas tem sido sempre assim: 2006. 2007. 2008.

empreita

no sábado fui até tavira para um workshop de empreita de palma (que de esparto tem mais que se lhe diga). tal como o tricot, para mim fazer o entrançado é muito tranquilizante e vicia muito muito. a intenção era fazer um pequeno cesto. então depois de um metro de empreita foi necessário coser. e aí a coisa não me correu tão bem. é preciso algum jeito para ir moldando a empreita e costurando as ramas (que no tricot são as ourelas) para que a linha não fique visível. em vez de linha, para coser deve-se usar fio de palma torcido, a baracinha, numa agulha de cobre bem grande e pesada. mas usámos simplesmente linha grossa numa agulha de tapeçaria.

trouxe um baggu cheio de palma já seca e pronta a usar. durante esta semana vou aproveitar que ainda tenho os ensinamentos bem frescos na memória e vou treinar. o h. conseguiu fazer um pequeno cesto que já está a uso cá em casa. mas ele aprendeu a fazer empreita na escola primária e ajudou a avó quando era mais novo. [ainda se ensinam estas coisas na escola primária?! na minha já só se ensinava ponto cruz e bilros.]

tirei poucas fotografias e ainda estão na máquina. assim que surgir oportunidade coloco aqui as fotografias do workshop.

vim com uma série de bibliografia apontada sobre o assunto em questão, que espero conseguir encontrar e ler nos próximos tempos.

no primeiro fim-de-semana de setembro, irá haver outro workshop desta vez sobre o pão, no qual já me inscrevi. (inscrições no palácio da galeria em tavira)