É incrível como nunca consigo cumprir aquilo que penso e imagino. Nunca passa além da imaginação. Já devia ter-me habituado em vez de entrar em infelicidade crónica e levar o resto do dia com a gota nos olhos. Passo grande parte dos dias da semana sózinha (excluindo o tempo que estou em trabalho, logo, acompanhada por colegas), quando chega o fim-de-semana acho que já nem sei reagir como se estivesse acompanhada. Talvez o problema seja mesmo eu. Talvez devesse aceitar o conselho da Pilar Varela (em entrevista na Visão desta semana). Ou talvez, simplesmente, me irrite não conseguir cumprir aquilo que tinha pensado fazer (e que já venho a adiar há uma série de semanas a fio). Ou, ainda, talvez seja uma exagerada e isto não passe de taras e manias. Se calhar não tenho força de vontade suficiente. Ou falta de auto-estima. Ou sofra de ansiedade. Ou seja insegura.
Este em tom de desabafo é só porque, este primeiro dia de fim-de-semana, não me correu da melhor forma. E quando acontece, ponho logo em causa a bendita e tão procurada f-e-l-i-c-i-d-a-d-e.
Em frente à janela do meu quarto, leio: a vida são só dois dias... e um é para acordar! E o outro?
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