{este foi o trabalho que entreguei para o módulo de fotografia de autor}
por aqui vou dar às portas do sol?
a partir da mesma pergunta abordei alguns moradores de alfama, num domingo de manhã. esta primeira abordagem definiu-me como mais uma turista perdida pelo bairro de ruas tão iguais e à procura de um miradouro, de um ponto turístico. seguiu-se, de todas as vezes, uma breve explicação do percurso a fazer até ao destino (umas mais detalhadas do que outras). depois deixei-me ficar diante da pessoa à espera que a conversa fluísse naturalmente. registei*, ouvi e acompanhei o assunto, deixei que a minha pessoa guiasse a conversa. foi interessante perceber os diversos temas abordados, o tempo médio de conversa e as perguntas que fizeram tendo como ponto de partida a forma como estavam a ocupar aquela manhã. após alguns minutos de diálogo e já como despedida voltei a abordar a pessoa.
posso fotografá-lo?
[* o meu registo: a resposta à pergunta 'por aqui vou dar às portas do sol?'. o assunto da conversa. o tempo médio da conversa. e o que estava a fazer naquele domingo de manhã.]
‘sim’ (a acenar com a cabeça). apenas um cumprimento. menos de um minuto. estava a trabalhar na mercearia.
‘suba as escadas, siga em frente e vire à esquerda’. fotografia, apareceu numa revista ao lado de um apresentador conhecido. cerca de dez minutos. esperava pela hora do almoço e apanhava sol no pátio em frente de casa.
descrição detalhada do percurso. os turistas em alfama. cerca de cinco minutos (o tempo de fumar um cigarro). passeava com a criança enquanto fumava um cigarro.
‘se continuar a subir chega à rua do eléctrico. a partir daí é fácil’. o tempo, o calor nesta altura do ano. cerca de cinco minutos. estavam sentados em frente do café do amigo, numa pausa descontraída do trabalho.
‘é já ali, é só subir as escadas’. a mudança para a hora de inverno e do facto de ter almoçado antes das onze da manhã, por engano. cerca de dez minutos. apanhava sol enquanto esperava pela visita de alguns familiares e da vizinha (que ocupa a cadeira ao lado).
descrição detalhada do percurso. o seu dia-a-dia como reformada; sobre comida, foi cozinheira em cantinas universitárias estatais. cerca de quinze minutos. preparava-se para levar a tarde a fritar rissóis e croquetes.
por aqui vou dar às portas do sol?
a partir da mesma pergunta abordei alguns moradores de alfama, num domingo de manhã. esta primeira abordagem definiu-me como mais uma turista perdida pelo bairro de ruas tão iguais e à procura de um miradouro, de um ponto turístico. seguiu-se, de todas as vezes, uma breve explicação do percurso a fazer até ao destino (umas mais detalhadas do que outras). depois deixei-me ficar diante da pessoa à espera que a conversa fluísse naturalmente. registei*, ouvi e acompanhei o assunto, deixei que a minha pessoa guiasse a conversa. foi interessante perceber os diversos temas abordados, o tempo médio de conversa e as perguntas que fizeram tendo como ponto de partida a forma como estavam a ocupar aquela manhã. após alguns minutos de diálogo e já como despedida voltei a abordar a pessoa.
posso fotografá-lo?
[* o meu registo: a resposta à pergunta 'por aqui vou dar às portas do sol?'. o assunto da conversa. o tempo médio da conversa. e o que estava a fazer naquele domingo de manhã.]
‘sim’ (a acenar com a cabeça). apenas um cumprimento. menos de um minuto. estava a trabalhar na mercearia.
‘suba as escadas, siga em frente e vire à esquerda’. fotografia, apareceu numa revista ao lado de um apresentador conhecido. cerca de dez minutos. esperava pela hora do almoço e apanhava sol no pátio em frente de casa.
descrição detalhada do percurso. os turistas em alfama. cerca de cinco minutos (o tempo de fumar um cigarro). passeava com a criança enquanto fumava um cigarro.
‘se continuar a subir chega à rua do eléctrico. a partir daí é fácil’. o tempo, o calor nesta altura do ano. cerca de cinco minutos. estavam sentados em frente do café do amigo, numa pausa descontraída do trabalho.
‘é já ali, é só subir as escadas’. a mudança para a hora de inverno e do facto de ter almoçado antes das onze da manhã, por engano. cerca de dez minutos. apanhava sol enquanto esperava pela visita de alguns familiares e da vizinha (que ocupa a cadeira ao lado).
descrição detalhada do percurso. o seu dia-a-dia como reformada; sobre comida, foi cozinheira em cantinas universitárias estatais. cerca de quinze minutos. preparava-se para levar a tarde a fritar rissóis e croquetes.
Essa é a parte da fotografia que mais gosto, fotografar pessoas. Mas meter assim conversa, acho que ainda é complicado para mim. :)
ResponderEliminarAdorei este teu post, Patrícia.
ResponderEliminargosto muito da primeira e da segunda !
ResponderEliminartão bom este post. Que delícia. Parece que estamos a fazer o percurso contigo. Ao contrário da Sofia, comunicar com as pessoas seria para mim, a parte mais fácil. Adoro ouvi-las falar. Adorava ter tempo para percorrer assim núcleos históricos de máquina em punho e capacidade de registo sem fim.
ResponderEliminarQue registo magnífico!
ResponderEliminarO que uma simples pergunta consegue fazer.
Terei de experimentar :)
Gosto em particular da penúltima fotografia!
Muito bom. Promissor. Parabéns.
ResponderEliminar:) que post delicioso!
ResponderEliminarMais que chegar às portas do sol, é bom que a sua luz ajuda a registar quem a porta do sol mora.
Gosto moito do seu fotoblog, eu agrego ós meus favoritos. Se vôce quisser pasar a visitar o meu fotoblog, eu estou en http://milxeitosdeollar.blogspot.com.
ResponderEliminarObrigado
É tão engraçado, quando se pergunta algo bastante directo como o caminho para... e acaba-se a ouvir algo completamente fora do contexto, e ainda bem que não se falou muito de doenças, porque nós, portugueses, somos peritos nesse tema!
ResponderEliminarGostei muito deste post!
Gostei mesmo muito :)
ResponderEliminar