6.11.08

rota da terra quente

já a terminar os posts das férias, [finalmente! quase dois meses depois] falta somente relatar o último dia naquela região.

podence

então, assim que soubemos do tal temporal, reformulámos todo o percurso a fazer. arrumámos as tralhas do camping, decidimos ir passear com tudo atrás e ir dormir à (já nossa conhecida) pousada da juventude de vila nova de foz côa.
como não existe ainda uma rota definida da terra quente, agarrámos no mapa e elaborámos um percurso não muito pensado. fomos primeiro a podence e à casa do careto (aliás, esta foi a principal razão da viagem). seguimos para a albufeira do azibo, uma praia fluvial de paisagem protegida.

azibo

aqui apeteceu-nos estender a capulana, deitar e ficar a ouvir os (poucos) pássaros. em vez disso, atirámos pedrinhas. passámos por macedo de cavaleiros e só parámos para almoçar em mirandela. depois fomos devagar, subindo e descendo os montes, parando e admirando a paisagem até torre de moncorvo.

torre de moncorvo

depois do incidente

durante a distância temporal entre estas duas fotografias muito se passou.
quisemos ir conhecer a aldeia de cilhades (abandonada desde do séc. xix) e que após a construção da barragem do rio sabor (o mesmo que nos acompanhou quase todas as noites) irá ficar submersa (como aconteceu em vilarinho das furnas). fomos até felgar e a partir daí pedimos informações para ir até cilhades. seguimos, seguimos, seguimos, sempre a estranhar o caminho, entre oliveiras, numa descida vertiginosa. deixámos de achar qualquer piada ao caminho e quisemos voltar para trás. só que não conseguimos, ou melhor, o carro não conseguiu. patinava nas pedras e nem sequer arrancava. tirámos toda a bagagem, na esperança de ficar mais leve, conseguimos fazer inversão de marcha, mas subir era quase impossível. estávamos perdidos, desorientados, sem ter a mínima noção de onde nos encontrávamos e com o sol a baixar rapidamente. eu tremia por todos os lados. ligámos para os bombeiros de torre de moncorvo a pedir auxílio, como não conseguimos explicar onde estávamos de pouco adiantou [o nosso gps conseguiu avariar, sem arranjo, uns dias antes de sairmos de lisboa]. então, já desesperados e com a bagagem toda espalhada pelo chão, fizemo-nos à estrada a pé até felgar. agarrei num bloco de apontamentos e numa caneta e fui apontando TUDINHO para não nos perdermos (ainda mais) no regresso. pelo caminho, apanhámos boleia de um agricultor que nos deixou em felgar. esperámos pelos bombeiros e voltámos todos para onde tínhamos deixado o carro. conseguiram puxá-lo. eu ainda tremia (nunca me lembro de ter tremido tanto). sem querermos ver mais nada, fomos para a pousada descansar. o carro ficou a cheirar a pneu e a embraiagem durante dias.

e no dia seguinte, mal abri as janelas foi esta a imagem que tive do temporal (que teve direito a alerta na televisão e tudo).

bom tempo

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